Apresentação
 
 
 
 
 
Brasília e a Cultura
 
Os livros serão os pergaminhos da futuridade!
 

Esta antevisão decorre das reflexões e análises sociológicas do momento histórico, ora vivenciado, face à realidade avassaladora do universo da instantaneidade e das comunicações telúricas.

Observa-se o ocaso da tecnologia gutenberguiana e o nascedouro da era cibernética! O conhecimento societário - a gnose humana, condensada nos registros multiformes, durante séculos e milênios, transmuta-se para o mundo virtual, varrendo a imaginação para novos rumos sob o condão da universalidade do ser. A sucessão de novas descobertas, com velocidades vertiginosas, quase inimagináveis, sob o manto do tempo real, projeta a Humanidade para patamares metafísicos.

Os neurônios começam a ser desvendados e o homem abre o portal de sua origem.

Os livros, engenhos tácteis, maravilhosos e encantadores, quase mágicos, repositórios do pensamento, ganham nova roupagem, fluídica, sob a formatação das redes internéticas, disponibilizando e gerando a inteligência coletiva.

Esta é a realidade do momento histórico, quando a Academia de Letras de Brasília completa o trigésimo aniversário de fundação, 20 de março de 2012, lançando este pergaminho do futuro, sob as bênçãos do visionário Dom Giovani Bosco, que anteviu, na centúria de 1800, o alvorecer de uma nova civilização, entre os paralelos 15 e 20, onde jorrará riquezas mil.

Este sonho/realidade, premonição do maior educador do século XX, é Brasília, Capital da Esperança, fundada pelo admirável estadista brasileiro, Juscelino Kubitscheck de Oliveira, ungido Presidente Perpétuo da Academia de Letras de Brasília.

Brasília, verdadeiro cadinho da brasilidade, amalgamando as mais diversas correntes, reunindo os gentios de todos os recantos da nação, sede do poder institucional do país, passa a constituir-se num pólo cultural, em plena hinterlândia brasileira, interagindo com as seculares condensações populacionais e culturais da faixa litorânea.

Este verdadeiro centro irradiador, imantado no centro-oeste da nação, recria novas alternâncias culturais, forjadas pelo labor intelectivo de pioneiros que para aqui vieram e trouxeram suas inteligências, trabalho e visão de futuridade.

Costumo dizer que somos muitos dentro de nós mesmos!

Assim, este pergaminho simbólico, que ora vem à lume, retrata um trintídio de lutas literárias e culturais de seus acadêmicos, razão pela qual percorre o passado, o presente e o futuro, contendo registros de toda ordem, estratificando uma bagagem memorialística para que os pósteros saibam de seus antepassados e a realidade quase utópica de uma época.

 

Verdadeiro memorial!

José Carlos Gentili
Presidente da Academia de Letras de Brasília